Monteiro Lobato, o escritor

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No ano de 1911, quando a cidade de Buquira ainda era composta por colheitas de café, um homem decidiu se tornar fazendeiro e criar os filhos em meio à natureza. Foi nesta ocasião que José Bento Monteiro Lobato se mudou com a família para a Fazenda Buquira, propriedade herdada de seu avô, o Visconde de Sabugosa. 

 

Foi na fazenda que Lobato iniciou sua brilhante carreira literária com o conto Urupês, onde retratou o Jeca Tatu para todo o Brasil em 1914. Entretanto, o cenário rural serviria para a inspiração de sua mais importante obra literária: o Sítio do Picapau Amarelo.  

 

Com o objetivo inicial de entreter os filhos: Martha, Guilherme, Ruth e Edgard, ele criou personagens inesquecíveis como Emília, Visconde de Sabugosa, Tia Nastácia, Dona Benta, Pedrinho, Narizinho, entre outros que até hoje estão vivos no imaginário de um país inteiro.

 

Após vender a Fazenda Buquira no ano de 1917, Monteiro Lobato usa seus investimentos para fundar sua editora em São Paulo e lançar a obra do Sítio do Picapau Amarelo, marcando definitivamente a consolidação de uma obra literária para crianças com elementos totalmente brasileiros. 

 

 

Monteiro Lobato, a cidade

No ano de 1948, quando Buquira vivia um processo de busca de emancipação política e administrativa, além de uma nova identidade, a comissão de moradores que lutavam pela retomada do título de município independente perante o Estado de São Paulo, sugeriram a nomeação de Buquira como "Cidade de Monteiro Lobato", visto o falecimento do autor naquele mesmo ano.

 

Desde então, a cidade de Monteiro Lobato passou por inúmeros processos de transições econômicas e sociais. Antes como território dedicado às colheitas de café e desenvolvimento da pecuária e, atualmente, como cidade de potencial turístico, inspirado em sua rica história, cultura e conexão com a maior obra infantil brasileira: o Sítio do Picapau Amarelo.

 

Desde 2010, com a realização do projeto do Festival de Literatura Infantil de Monteiro Lobato, a cidade se fortalece em sua identidade cultural que pode ser observada no artesanato local, na culinária, no comércio, em projetos pedagógicos, culturais e turísticos.

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